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terça-feira, 12 de maio de 2015

Qual a capital da Florida? Por que o Estado tem este nome? Essas e outras curiosidades

Cidade de Tallahassee

A capital do Estado da Flórida é a cidade de Tallahassee. Sua área metropolitana possui 350.000 habitantes. Pelo menos 20% (70.000) habitantes são estudantes, pois a cidade é sede da Florida State University, Florida A & M University, Tallahassee Community College e demais instituições educacionais. É também um reconhecido centro regional para a investigação científica, lar do Laboratório Nacional de Campo Magnético, além de sediar as instituições governamentais e associações estaduais.




Qual a maior cidade do do Estado da Florida?


Jacksonville -  maior cidade do Estado da Flórida
Com cerca de 900.000 habitantes, Jacksonville é a terceira cidade mais populosa da costa leste dos Estados Unidos, depois de Nova York e Filadelfia.



Qual a principal fonte de renda do Estado da Florida?


A principal fonte de renda da Flórida é o turismo. O Estado é conhecido mundialmente por suas diversas atrações turísticas, que atraem anualmente mais de 60 milhões de turistas, vindos de todos os países. Outras fontes de renda importantes do Estado são o cultivo de laranja, finanças e a indústria aeroespacial. 




Qual a bandeira do Estado da Florida?
A bandeira do Estado da Florida é branca, tendo ao centro um selo sobre um X vermelho.


Este selo também é usado para representar o Governo do Estado da Flórida em edifícios documentos e eventos oficiais. Ele retrata uma nativa americana da tribo Seminole espalhando flores pelo solo. Em segundo plano, uma árvore sabal, nativa da região. Ao fundo, um barco a vapor, posto contra o sol que raia o céu no horizonte. O selo é circunscrito pelas palavras "Grande Selo do Estado da Flórida" e "Em Deus Confiamos".


Mapa da Florida


O Estado da Florida encontra-se ao Sul dos Estados Unidos


É dividido em 6 Distritos. Cada Distrito é subdividido em Condados


Orlando encontra-se no Condado de Orange. Kissimmee no Condado de Osceola
O Estado é banhado a direita pelo Oceano Atlântico e a esquerda pelo Golfo do México




Por que o Estado se chama Florida?


Os espanhóis descobriram a Flórida em 1513, quando Juan Ponce de León procurava pela Fonte da Juventude. Isso aconteceu na estação da páscoa que, em espanhol, se chama "Pascua Florida" = cheia de flores. Hoje, a "Pascua Florida Day" é um feriado estadual, comemorado, em geral, no dia 2 de abril. 




Por que se fala tanto espanhol na Florida?

Batalha dos Confederados

A Flórida foi controlada pelos espanhóis até 1819, quando foi anexada pelos Estados Unidos, em 3 de março de 1845, tornando-se o 27º Estado americano. Em 1861, o Estado separou-se dos Estados Unidos, juntando-se aos Estados Confederados da América. Após a derrota dos confederados na Guerra Civil Americana, em 1865, a Flórida foi readmitida como Estado em 1868. 


Ponce de Leon retorna à Florida
Um bem humorado vídeo, gravado em Ponte Vedra and St Augustine mostra Ponce de Leon retornando à Florida os dias de hoje e se encantando com as delícias deste lugar.  

sábado, 18 de abril de 2015

A paixão por Disney transcende fronteiras inspirando artistas e turistas do mundo inteiro

Orlando é destino certo de viajantes do mundo inteiro, independente de idade, sexo, crença ou cultura. Grande parte deste "ímã" que atrai tanta gente é a Disney... e isso transcende aos parques... é uma paixão que não conhece fronteiras.

Crianças, adultos, jovens e idosos sonham com seus personagens favoritos, fazendo deles sua fonte de inspiração.

A designer Jasmine Nijjar, que trabalhou em uma empresa especializada em roupas de festa, em parceria com a fotógrafa Amrit Grewal transformou as roupas das princesas em designs tipicamente indianos, repletos de detalhes riquíssimos.  Confira os modelos: 

Branca de Neve

Jasmine

Bella

Mulan

Rapunzel

Pocahontas

Este é apenas um exemplo que mostra como os personagens Disney podem inspirar diversas culturas, podendo migrar para etnias bem diferentes. A arte de Walt Disney transcendeu os personagens originais e tem sido retratada por artistas através de diferentes técnicas.

O ilustrador americano Dante Tyler, por exemplo,  deu um apelo fashion às Princesas Disney e a seus trajes tradicionais, inserindo-as nas capas da Revista Vogue. Na sequência: Cinderela, Branca de Neve, Pocahontas, Jasmine, Bella  e Ariel.





Já o talentoso ilustrador e designer britânico Hayden Williams transformou as princesas em ilustrações de moda, fazendo uma releitura de suas roupas e adereços. Na sequência: Ariel, Bella, Cinderela e Branca de Neve.





A renomada fotógrafa Annie Leibovitz foi convidada em 2007 para fazer as peças campanha da Disney “Year of a Million Dreams”, nas quais atores de Hollywood e outras celebridades se transformaram em personagens Disney pelos olhos de Annie.

Jeff Bridges e Penelope Cruz em A Bela e a Fera

Zac Efron e Vanessa Hudgens em A Bela Adormecida 

Beyonce, Oliver Platt, e Lyle Lovett em Alice no País das Maravilhas

 Mikhail Baryshnikov, Gisele Bundchen, e Tina Fey como Peter Pan, Wendy e Tinker Bell

Jennifer Lopez e Marc Antony como Jasmine e Aladdin


A fotógrafa brasileira Carol Oliva retratou princesas com tenra idade em ensaios pra lá de encantadores. Na sequência, Ariel e Branca de Neve.




Gerações se renovam e as princesas, heróis, vilões, aventuras, sonhos e fantasias criados por Disney acompanham cada nova etapa da humanidade, evidenciando sempre o lado lúdico da existência humana. 

O desenho a traço foi se transformando em desenho animado, depois em animação, filme 3D, 4D e virão muitos mais Ds: D de Diversão, D de Descontração, D de Delicadeza, D de Disney... nas revistas, no cinema, na TV, na internet, nos milhares de produtos licenciados, a fantasia de viver a experiência deste mundo mágico, nem que seja por alguns Dias de uma vida inteira, valem a pena... não há Ds de dúvida.

O texto a seguir, publicado por Maurício Caldeira, no Grupo Parques de Orlando em abril/2015, reflete um pouco desta paixão Devastadora:


 "Quando eu pisar naquela terra mágica, os números, os problemas, as preocupações, toda essa parte chata de ser um adulto, terá ficado para trás. BEM para trás.
E, por 20 dias, serei criança novamente. Entrarei nas filas para tirar fotos com personagens. Ficarei alucinado com cada parada, com cada show, com cada atração. Olharei as prateleiras e meus olhos brilharão com cada "souvenir" que eu encontrar.
Vou comer o que tiver vontade. Beber idem. Entrar nas docerias e respirar o máximo possível daquele aroma.Vou andar pelos parques, pelas ruas. Vou pedir para repetir quando algum atendente falar algo que eu não entenda.                    
Vou andar até as baterias esgotarem. Vou dormir pouco. Andar muito. Se chover, andarei debaixo de chuva. Vou ver esquilos.Vou esquecer que, por debaixo das roupas dos personagens, há uma pessoa real. Naquele momento será o Mickey. O Donald. O Pateta. E quem mais for.
Porque para virar um adulto, basta o tempo. Mas, para virar uma criança, tem que se ter o sonho..."

Disney também inspira o Design pelo mundo:
de móveis a jóias... de alimentos a perfumes ... de roupas a utensílios de cozinha, movimentando milhões de Dólares 









Toda esta paixão, aliada à infraestrutura da região central da Florida, seu clima, qualidade de vida, investimentos constantes em melhorias e divulgação maciça explicam o crescente fluxo de turistas a cada ano na cidade de Orlando. 

Só em 2014 foram registrados mais de 62.000.000 de pessoas visitando a cidade, com 32 milhões de noites vendidas nos hotéis. Este marco transformou Orlando no destino turístico mais visitado dos Estados Unidos. Um aumento de 5% em comparação ao ano anterior. (Dados da agência de turismo Oficial da Cidade – Visit Orlando).

A indústria do turismo é o maior gerador de empregos e de impacto econômico para a região. Hotéis, bares, restaurantes, meios de transporte, condomínios, prestadores de serviços surgem a cada ano e se aprimoram para receber cada vez mais turistas ávidos pela experiência de viver um momento mágico em suas vidas.


Há famílias que viajam 1, 2, 3 vezes para Orlando, buscando, em cada viagem, vivenciar o encantamento criado por Disney. É maravilhoso ver a alegria das pessoas entrando nos parques. Dá para sentir a vibração positiva. Tudo é um só coração, batendo acelerado em cada atração. Alguns voltarão em breve. Outros, daqui a muitos naos. Outros, talvez, jamais conseguirão voltar, mas terão sempre na lembrança os momentos de pura magia vividos em Orlando.








Em 2014 foram registrados mais de 62.000.000 de pessoas visitando Orlando

sexta-feira, 10 de abril de 2015

Doutor, posso viajar de avião?

Capa da Cartilha: Doutor, posso viajar de avião? -  das autoras: Daniela Regina Rancan & Maíra Atallah Monreal, orientadas pela Prof.ª Dr.ª Vânia Elizabeth Ramos Melhado


Muitas dúvidas assombram os viajantes em relação a viagens de avião, entre elas, as doenças. Pensando nisso, a Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo, em parceria com a Liga de Medicina Aeroespacial elaborou uma cartilha, com informações visando auxiliar pessoas com doenças ou em recuperação a escolher o melhor momento para viajar de avião. 

Reproduzi aqui o texto integral desta cartilha e o arquivo em PDF pode ser obtido no link:  https://www.facebook.com/groups/coisasdeorlando/737951932927425/ 

As autoras Daniela Regina Rancan & Maíra Atallah Monreal, orientadas pela Prof.ª Dr.ª Vânia Elizabeth Ramos Melhado, produziram um texto bastante objetivo e de fácil entendimento. Vale a leitura, sempre lembrando que "dicas de saúde" não substituem uma consulta ao médico "ao vivo". 


Introdução, by Prof.ª Dr.ª Vânia Elizabeth Ramos Melhado:

" Viajar a bordo de aeronaves comerciais pressurizadas não deveria ser causa de problemas para saúde ou desconfortos médicos. Pois estas aeronaves geralmente são pressurizadas em torno de 2.438,4 metros (8000 pés) o que propicia conforto para deslocamentos rápidos. 

Embora nesta altitude os sintomas da adaptação do corpo humano sejam pouco percebidos nas viagens de curta duração pelo individuo saudável, eles ocorrem, e estas adaptações são devido ao ar mais rarefeito da altitude da cabine do avião.

Em geral, os passageiros com condições médicas pré-existentes estáveis normalmente chegam muito bem ao aeroporto de destino. No entanto aqueles com doenças crônicas ou em recuperação de quadros agudos podem ter algum grau de desconforto. 

Assim, esta Cartilha foi elaborada após extensa revisão da Literatura pelos alunos da Liga de Medicina Aeroespacial da FCMSCSP. O nosso objetivo é através de linguagem direta e simples ajudar os viajantes portadores de doenças ou de quadros de recuperação de enfermidades aguda ou crônica a escolher o melhor momento para uma viagem segura e confortável." 



OTITE
As condições de infecções ativas e cirurgias recentes são contra-indicações para o vôo. O uso de tubo de drenagem da orelha média na membrana timpânica não é contra-indicação ao vôo.


RINITE
A rinite alérgica é uma doença que causa coceira no nariz, espirros, excesso de secreção e obstrução nasal. Os sintomas são,frequentemente, sazonais e desencadeados por diversos fatores como polens, poeiras, alteração de temperatura ambiente e fumaça do cigarro.

Podem ser minimizados os sintomas com cuidados no pré-vôo e dentro do avião com o uso profilático de anti-histamínicos e corticóides. Durante o vôo, pode-se, também, umidificar a mucosa nasal com soro fisiológico e, antes dos procedimentos de pouso, é indicado usar descongestionante nasal para evitar a dor causada pelo aumento da pressão dentro da orelha média. Em caso de crise, deve-se considerar adiar a viagem.


SINUSITE
A sinusite aguda ou crônica é uma contra-indicação ao vôo, por ser uma infecção e pelo risco de obstrução do seio nasal, podendo levar a complicações no momento do pouso, ou em caso de despressurização da cabine.

No caso de voar nestas condições, podem aparecer: enxaqueca severa, dor facial, orbital ou em sistema nervoso central, e sangramento nasal.

Ela deve ser tratada com o uso de antibióticos de largo espectro, agentes mucolíticos,
descongestionantes orais, corticosteroides e uso temporário de descongestionantes 
nasais. O uso de solução fisiológica nasal também contribui para a limpeza e umidificação da mucosa nasal .


PNEUMONIAS
Os passageiros com infecções pulmonares contagiosas (tuberculose e pneumonia) não devem viajar, pois pode ocorrer agravamento dos sintomas, complicações durante e depois do vôo, e risco de disseminação da doença entre os outros passageiros.

O viajante somente poderá voar após a melhora dos sintomas, sem febre e com função pulmonar adequada.


TUBERCULOSE
O passageiro que estiver com tuberculose somente poderá voar quando tiver melhora clínica, e resultado do exame de bacilos no escarro negativo.


ASMA
A asma brônquica é a doença respiratória mais comum entre os viajantes, sendo incapacitante para o vôo em casos graves, instáveis e de hospitalização recente.

Os asmáticos sempre devem levar na bagagem de mão seus medicamentos, principalmente broncodilatadores (bombinhas). Em casos emergenciais, consultar seu médico para melhor orientação.


BRONQUITE CRÔNICA E ENFISEMA
As pessoas com bronquite crônica e enfisema pulmonar apresentam reduzida capacidade de oxigenar o sangue, o que piora durante o vôo. Por isso, esses viajantes devem buscar orientação médica especializada para realizar testes que verificam se há necessidade de suporte de oxigênio durante o vôo.



DOENÇAS CARDIOVASCULARES
A conduta para liberar para o vôo, no caso de infarto não complicado, é a de se aguardar 2 a 3 semanas. Em infarto complicado, deve-se aguardar 6 semanas. Os pacientes com angina instável não devem voar.

A insuficiência cardíaca grave e descompensada são uma contra-indicação ao vôo. Se moderada, deve-se verificar com o médico que acompanha o paciente a necessidade de suporte de oxigênio.

Os pacientes submetidos a revascularização miocárdica devem aguardar pelo menos 2 semanas para voar. 

A taquicardia ventricular ou supraventricular não controlada é uma contra-indicação ao vôo. 

O uso de marcapassos e desfibriladores implantáveis não contra-indicam o vôo.

Os pacientes que possuem qualquer doença cardiovascular devem se certificar que há medicação suficiente para toda a viagem e levá-la na bagagem de mão. É indicado fazer uma lista com os medicamentos, dosagens e horários das tomadas. Deve-se atentar para o ajuste dos horários de utilização dos medicamentos de acordo com o fuso horário a ser atravessado. 

Sempre carregar na bolsa de mão um eletrocardiograma recente. A empresa deve ser avisada sobre necessidades especiais de alimentação especial, suporte de oxigênio ou uso de cadeira de rodas.


HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA
O estresse do ambiente do vôo, aeroporto e avião, podem causar alguma alteração na Pressão Arterial. Na tentativa de evitar descompensação em portadores de Hipertensão Arterial recomenda-se:

➊ Estar com a pressão normal e estável
➋ Manter o uso e o hoo das medicações
➌ Não ingerir bebida alcoólica e café, antes e durante o vôo
➍ Solicitar dieta hipossódica com antecedência
➎ Chegar cedo ao local de embarque
➏ Em caso de medo de voar, procurar um médico antes

➐ Em caso de crise hipertensiva aguardar 3 a 4 dias para voar



ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL (AVC)
O popular derrame ocorre quando não há suprimento sanguíneo adequado para uma porção do cérebro, sendo causado pela obstrução (isquêmico) ou ruptura de uma artéria (hemorrágico).

No caso de pacientes que tiveram um AVC, deve-se sempre considerar o estado geral do passageiro e a extensão da doença. Recomenda-se: 

➊ AVC isquêmico pequeno: aguardar 4 a 5 dias
➋ AVC em progressão: aguardar 7 dias
➌ AVC hemorrágico não operado: aguardar 7 dias
➍ AVC hemorrágico operado: aguardar 14 dias



TROMBOSE VENOSA PROFUNDA (TVP)
A imobilização por tempo prolongado somada a fatores predisponentes podem causar ou contribuir para que ocorra um evento de trombose em vôos com duração maior que 4 horas.

Os principais fatores de risco para que tal condição ocorra são: distúrbios da coagulação, doenças cardiovasculares, cirurgia ou trauma recente, história pessoal ou familiar de TVP, terapia de reposição hormonal, indivíduos alta estatura ou baixa estatura, câncer, gravidez, varizes, tabagismo e obesidade.

A prevenção pode e deve ser feita seguindo alguns cuidados: uso de roupas leves, mobilização no assento, executar pequenos exercícios (movimentar os tornozelos), hidratação, evitar o uso de bebidas alcoólicas, café e uso de remédios para dormir.


ANEMIAS
Independente da causa da anemia, níveis de hemoglobina abaixo de 8,5 mg/dL associados à diminuição da pressão de oxigênio durante o vôo, podem levar ao aparecimento de sintomas. Na anemia crônica, há maior tolerância a níveis mais baixos de hemoglobina.
Recomenda-se o uso de suporte de oxigênio para se evitar uma crise em portadores de anemia falciforme e no caso de hemoglobina < 8,5 mg/dL.


ENJÔO
As pessoas mais susceptíveis a terem enjôo durante o vôo são aquelas que já o apresentam quando viajou de ônibus, carro ou navio. Estas devem evitar a ingestão excessiva de líquidos, comida gordurosa, condimentos e refrigerantes, além de cuidar para sentar próximo à asa e à janela. Como profilaxia, pode-se usar medicamentos anti-heméticos.



DIARRÉIA
É um problema em potencial, principalmente para aqueles que visitam regiões endêmicas e com pouca higiene, as quais facilitam a transmissão de infecções.
Apesar da doença ser auto-limitada, deve-se valer da hidratação oral para prevenir a desidratação. A Organização Mundial de Saúde recomenda intercalar um copo de água com um de soro. Drogas anti-motilidade podem ajudar a aliviar os sintomas.

Deve-se procurar assistência médica em caso de febre alta, tremores, piora progressiva dos episódios, presença de sangue ou muco nas fezes, vômitos que impedem de tomar líquidos, sintomas persistentes após uso de sintomáticos e se tiver outra doença, especialmente, se fizer uso de remédios para diabetes, hipertensão, diuréticos e imunossupressores.


PÓS-OPERATÓRIO TORÁCICO
1) Pós-pneumectomia ou lobectomia pulmonar recente: a reserva pulmonar é mínima, principalmente na associação com história de tabagismo ou Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica, sendo necessária uma avaliação medica no pré-vôo.A realização de teste de simulação de hipóxia de altitude é um grande aliado para a decisão segura em relação ao vôo.

2) Pneumotórax: é uma contra-indicação absoluta. Deve-se esperar de duas a três semanas após drenagem de tórax e confirmar a remissão pelo raio-X.


PÓS TRAUMA CRANIANO
Após um trauma crânio-encefálico ou qualquer procedimento neurocirúrgico, pode ocorrer aumento da pressão intracraniana durante o vôo. Deve-se aguardar pelo menos sete dias, e confirmar a melhora do quadro compressivo intracraniano pela tomografia de crânio.


PÓS-OPERATÓRIO ABDOMINAL
A realização de anestesia geral não é uma contra-indicação, pois os efeitos são rapidamente reversíveis. No caso de anestesia ráqui dural, deve-se aguardar 7 dias para voar, período este em que o vôo pode causar cefaléia intensa.

Quando for realizada uma cirurgia abdominal, o vôo é contra-indicado por uma a duas semanas.

Após cirurgia videolaparoscópica deve-se aguardar pelo menos 24h para voar e desde que os sintomas de distensão estejam ausentes.


ABDOME
Orienta-se que os passageiros obstipados evacuem antes da viagem, para não se incomodarem com a distensão dos gases.
Em caso de flatulência excessiva, utilizar medicação para eliminação dos gases antes da viagem, como uma forma de evitar dores abdominais excessivas.

Não há contra-indicação ao vôo para colostomizados. Recomenda-se utilizar uma bolsa
colonoscópica maior ou fazer trocas frequentes pelo aumento de saída de fezes pela distensão abdominal.


GESSO E FRATURAS
Por razões de segurança, algumas companhias aéreas exigem que passageiros com gesso
em membro inferior acima do joelho viajem em maca. Como alternativa, podem comprar
um assento extra ou viajar em classe onde tenha maior espaço disponível.

Como uma pequena quantidade de ar fica presa no gesso, aqueles feitos entre 24-48 horas
antes de vôo, devem ser bivalvulados para evitar compressão, principalmente em vôos
longos. Quando for utilizada a tala pneumática, colocar uma menor quantidade de ar, para se evitar uma síndrome compartimental. 

As fraturas instáveis ou não tratadas são contra-indicações ao vôo.




GRAVIDEZ
A viagem deve ser evitada em caso da gestante apresentar dores ou sangramento antes do embarque. 

As viagens longas não devem ser realizadas por paciente multigesta, com incompetência ístmo-cervical, atividade uterina aumentada, ou partos anteriores prematuros.O vôo não se relaciona ao aumento da incidência de rotura prematura de membranas ovulares ou ao descolamento prematuro de membranas. Em condições que comprometem a oxigenação da placenta, deve ser avaliada a necessidade de suporte com oxigênio.

A partir da 36ª semana, a gestante necessita de uma declaração do seu médico permitindo o vôo.

Em gestações múltiplas a declaração deve ser feita após a 32ª semana.

A partir da 38ª semana, a gestante só pode embarcar acompanhada dos respectivos médicos responsáveis. 

Não há restrições no pós-parto para a mãe, mesmo de imediato. No entanto, deve-se adiar a viagem do recém nascido para depois da primeira semana de vida, devido às várias
transformações pelas quais o bebê passa e a fragilidade do mesmo nesse período.

Sempre é aconselhável às gestantes seguirem as seguintes recomendações:
Antes: Evitar dieta produtora de gases nos dias anteriores à viagem e compensar anemias pré-existentes.
Durante: Manter o cinto afivelado sobre a pelve constantemente, evitando choques na barriga, que são especialmente perigosos no terceiro trimestre de gestação;
evitar alimentos que produzam gases nos dias anteriores e durante o vôo; em vôos com duração maior que 4 horas deve-se fazer exercícios leves com as pernas, para evitar a imobilidade prolongada.


CRIANÇAS
Os pais ou responsáveis devem portar os documentos necessários para a identificação da criança, bem como se informarem sobre possíveis epidemias ou endemias e as vacinas necessárias para o lugar de destino.

No caso de um recém-nascido, é prudente que se espere pelo menos uma ou
duas semanas de vida até a viagem. Isso ajuda a assegurar a ausência de problemas congênitos ou respiratórios que possam prejudicar a criança.

As crianças pequenas podem sentir dores de ouvido principalmente na fase do pouso ou aproximação final da aeronave. Para alívio desse sintoma recomenda-se que a criança mame no peito ou mamadeira, chupe chupeta ou mesmo beba água no copo.

Já as crianças com congestão nasal podem beneficiar-se do uso de anti-histamínicos e descongestionantes tópicos administrados trinta minutos antes do pouso.


DISTÚRBIOS PSIQUIÁTRICOS
Não devem voar as pessoas com transtornos psiquiátricos, cujo comportamento seja imprevisível, agressivo ou não seguro.

Podem voar aqueles com distúrbios psicóticos estáveis com uso de medicamentos e acompanhados por um conhecido.


MEDO DE VOAR
Os passageiros com tendências claustrofóbicas e fobias em ambientes aéreos e aglomerados humanos, devem procurar um médico antes do vôo para realizar um tratamento cognitivo-comportamental ou até medicamentoso.

A Síndrome do Pânico deve estar compensada antes do vôo, devido aos diversos fatores estressantes envolvidos durante a viagem que podem desencadear uma crise.


JET LAG
É uma alteração do ritmo circadiano devido às diferenças de fuso horário sofridas pelo
organismo. Caracteriza-se por cansaço, sonolência, dificuldade para dormir, irritabilidade e incompatibilidade entre a fome e os horários das refeições.

Existe uma tolerância individual, mas para a maior parte da população quando a viagem for de longa permanência, a adaptação ocorrerá. Já nas viagens de curta duração, geralmente não há tempo para uma adaptação.

Recomenda-se iniciar a adaptação ao novo horário, gradativamente, 3 a 4 dias antes
da viagem. O uso de medicação para dormir ou melatonina pode ser utilizado sob orientação médica.


EPILEPSIA
A maioria dos portadores das doenças desta natureza pode voar seguramente, desde que estejam usando a medicação.

Aqueles com crises frequentes devem viajar acompanhados e estar cientes de fatores desencadeantes como: fadiga, hipóxia e alteração do ritmo circadiano. Recomenda-se esperar 24 a 48h após a última crise para voar. 

A medicação anticonvulsivante deve estar na bagagem de mão e os horários mantidos. A ingestão de bebida alcoólica deve ser evitada.


CONDIÇÕES OFTALMOLÓGICAS
Glaucoma - Não é uma contra-indicação ao vôo desde que o passageiro continue com a medicação corretamente.

Conjuntivite - é uma contra-indicação ao vôo durante o período infectante.

Lentes de contato - Recomenda-se o uso de solução lubrificante para prevenir a irritação ocular devido ao ambiente seco do avião.


Limitações visuais - Recomenda-se viajar acompanhado sempre que possível.


DOENÇAS DO VIAJANTE
As vacinas que devem estar atualizadas, independentemente de viagens, são: tétano, difteria, sarampo, caxumba, rubéola, poliomielite, Haemophillus Influenzae tipo B (Hib) e hepatite B.

É importante que o turista atente não só para as belezas naturais do destino, mas que também se informe sobre doenças endêmicas locais, que podem ser prevenidas com vacinas, como febre tifóide, meningite meningocócica, febre amarela, entre outras.

Quando as doenças locais são transmitidas por mosquitos, é importante levar na bagagem repelentes, camisas e calças compridas e de cores claras, inseticidas com permetrina, além de outros piretróides.

É importante ter cuidados com a alimentação, por exemplo: opte por água engarrafada, refrigerantes e alimentos cozidos e secos, preparados em locais de confiança. Deve-se também evitar piscinas e praias com esgoto próximo.


Autores: Daniela Regina Rancan & Maíra Atallah Monreal
Orientadora: Prof.ª Dr.ª Vânia Elizabeth Ramos Melhado